Resenha-livro: A Garota da Capa Vermelha.

Sinopse: Quando Valerie descobre que sua irmã foi assassinada pela lendária criatura, ela acaba mergulhando de forma irresistível em um grande mistério que vem amaldiçoando sua aldeia por gerações. A revelação vem com Father Solomon: o Lobo habita entre eles - o que torna qualquer pessoa do vilarejo suspeita. Estaria Peter, sua paixão secreta desde a infância, envolvido nos ataques? Ou seria Henry, seu noivo, o Lobisomem que assola as redondezas? Ou talvez, alguém mais próximo? Enquanto todos estão à caça da besta, Valerie recorre à avó em busca de ajuda: ela dá à neta uma capa vermelha feita à mão e a orienta através da rede de mentiras, intrigas e decepções que vem controlando o vilarejo por muito tempo. Descobrirá Valerie o culpado por trás do lobo antes que toda a aldeia seja exterminada?

“Era uma vez uma menininha meiga e querida por todos que a conheciam, mas era especialmente querida por sua avó, que não se cansava de agradá-la.”

Bem, é assim que começa o conto da Chapeuzinho Vermelho, mas não é dele que vamos falar hoje e sim da sua versão gótica e para adultos, A Garota da Capa Vermelha que foi escrito por Sarah Blakley-Cartwright e baseado no roteiro de David Leslie Johnson.

Afinal quem nunca ouviu falar na estória da Chapeuzinho Vermelha? Quando descobri que iam fazer um filme e um livro que tinha como base esse conto para crianças fiquei animada e curiosa, afinal queria poder comparar os dois e é claro descobrir quem era o lobo. Até agora só consegui ler o livro (graças ao meu santo avô que me deu ele), mas assim que o filme estrear quero ir ver para saber qual dos dois é melhor, o filme ou o livro.

Em A Garota da Capa Vermelha, encontramos Valerie uma garota que sempre se sentiu diferente de todas as outras. Talvez fosse por sua aparência ou então pelo seu jeito de ser, o fato era que Valerie nunca se encaixou muito bem em sua aldeia Daggorhorn, assim como seu melhor amigo Peter. O único problema é que Peter, ainda criança, foi embora junto com seu pai. Porém Valerie não ficou tão sozinha assim, ela ainda tinha Lucie, sua irmã e a única pessoa com quem Valerie sentia ter uma ligação.

Daggorhorn foi por anos atormentado por um enorme lobo, o Lobo, que tinha a desagradável mania de atrair pessoas até a floresta e depois come-las. Bem isso aconteceu por anos até os aldeões se cansarem disso e então começaram a oferecer oferendas para o Lobo, o que pareceu adiantar e assim o Lobo e os aldeões passaram a ter uma convivência “pacifica”.

Essa convivência durou até a ultima colheita antes do inverno. Valerie, sua irmã Lucie e suas amigas conseguiram permissão para acampar junto com os outros que participam da colheita. Tudo parecia ser só felicidade, afinal conseguiram permissão para ficar e é claro havia todos aqueles garotos ajudando na colheita, o que poderia dar errado? Tudo. Começando pelo fato de que Peter, sim o Peter de Valerie seu melhor amigo e paixão de infância, estava de volta depois de tantos anos aparentemente para conseguir um dinheiro trabalhando na colheita. O que não é nada bom para Henry, o lindo filho do ferreiro, afinal o pai de Peter foi responsável pela morte da mãe de Henry e, além disso, Henry tem interesse em Valerie e poderia ele competir com a antiga paixão de infância da moça?

Aparentemente não, Valerie só tem olhos para Peter durante o primeiro dia da colheita e quando esse dia acaba ela pretende se encontrar com ele. Valerie e suas amigas fogem do acampamento feminino durante a noite e vão para o acampamento masculino. Os homens, é claro, recebem as moças com uma comemoração e durante essa pequena festa Valerie sai de fininho e vai se encontrar com Peter.

Só que um pequeno barulho atrapalha o encontro dos dois, um uivo de lobo. Bem, não é preciso ser um gênio para descobrir o que isso significa: voltar para a aldeia o mais rápido possível. Durante sua volta Valerie não consegue encontra duas pessoas muito importantes, Lucie sua irmã que provavelmente está com uma de suas amigas e Peter. Uma pergunta não sai da cabeça de Valerie, afinal onde se meteu Peter?

No dia seguinte as coisas não ficam nem um pouco melhores, ninguém entende porque o Lobo atacou afinal na noite anterior ele recebeu uma oferenda e para piorar a situação o corpo de uma moça foi encontrado no campo de trigo. A situação é ainda pior para Valerie pois o corpo é o de sua irmã Lucie. Em meio a tanta dor pela perda da irmã, Valerie ainda descobre que está noiva de Henry, o único problema é que ela é apaixonada por Pete.

Depois desse ataque brutal o padre da aldeia decide pedir ajuda a um profissional, porém ele não contava com o fato de que os homens da aldeia iriam querer fazer justiça com as próprias mãos. Depois de uma caçada eletrizante ao Lobo, este aparentemente é morto assim como o pai de Henry. Com a chegada de Father Solomon vem uma incrível descoberta, o lobo morto não é o lobo certo porque o Lobo da aldeia é um Lobisomem e a caçada agora não é mais a um animal e sim a um ser humano.

Bem, no final das contas a curiosidade vai crescendo e foi isso que me motivou a ler o livro até o fim. Quem é o Lobo afinal de contas? Henry, Peter ou será a avó de Valerie que a presenteou com uma capa vermelha? Não sei se é porque esse é o primeiro livro da autora, mas em alguns momentos certas coisas não se encaixam muito bem, sentimentos vêm à tona do nada e você fica meio perdido na leitura e alguns personagens não são muito bem descritos. Não sei dizer se gostei ou não do livro, acho que só li mesmo por curiosidade, mas no final foi uma boa leitura porque eu descobri a única coisa que me interessava: saber quem era o Lobo. Mas será que esse era realmente o final da história?

Não tive um personagem favorito, acho que porque nenhum deles é muito bem aprofundado, mas simpatizei com alguns deles como Roxanne uma das amigas de Valerie.

Uma coisa que foi muito bem descrita na minha opinião foi o quesito carnificina, as cenas de lutas tem muito sangue e muita violência e algumas chegam a dar certa agonia, a violência de Father Solomon e o fato de que ele faria tudo o que era possível para pegar o lobo também é muito bem explorado.

“Era uma vez...

...uma menina

e um lobo...”

“- Que... olhos... grandes... você... tem... –ela disse com a voz fraca.

-São para te ver melhor minha querida.” página 228

“- Que dentes grandes você tem, vovó.

- É para devorar você melhor, querida... - disse a Avó.

E pulou sobre ela... ”página 332

E ai leitores, o que acharam de A Garota da Capa Vermelha? Gostaram? Vão ver o filme? Bem eu espero que tenham gostado da resenha e não esqueçam de comentar, afinal quem não ia querer esses marcadores?

Não esquecendo que o marcador de Hathor é autografado!

Então é isso meus queridos leitores! Comentem e quem sabe você não leva pra casa esses lindos marcadores? E é claro, uma feliz páscoa para todos vocês e que o coelhinho da páscoa leve muitos chocolates para vocês!

                                                                                                                       Por Déborah.